Assembleia poderá definir paralisação na UFSM
Encontro entre docentes definirá, nesta quinta-feira, 20, se irão aderir à greve ou não
Encontro realizado na terça-feira, 18, pelos técnicos-administrativos da UFSM não definiu a paralisação devido ao baixo número de integrantes na assembleia (Foto: Divulgação)
A PEC-241, proposta de emenda à constituição que propõe o limite dos gastos públicos em alguns setores do país, dentre eles o setor da educação, tornou-se motivo de protestos em todo país. No Paraná, por exemplo, o Movimento Ocupa Paraná divulgou que já são 440 escolas ocupadas em forma de protesto contra a medida do governo federal. O Instituto Federal Farroupilha (IFF), de Frederico Westphalen, já está ocupado desde o dia 6 de outubro, assim como ocorre em outros campi no Estado. Além disso, os professores do IFF estão paralisados desde o dia 13 e preveem entregar uma carta aberta a população de Frederico Westphalen expondo as ideias do sindicato ao qual estão filiados, o Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica).
"Não tenho certeza se a categoria vai votar pela greve, eu apoio a greve"
Na UFSM a situação começa a tomar forma a partir desta semana. Nesta quinta-feira, 20, uma assembleia geral foi convocada pela Seção Sindical dos Docentes da UFSM (SEDUFSM) para definição quanto a possibilidade de greve. Também estará em pauta no encontro, a construção da greve geral e a organização da comissão local de mobilização. A equipe de reportagem da Agência Da Hora entrou em contato com diretores da SEDUFSM e até o momento da publicação desta reportagem, não houve nenhum pronunciamento quanto às chances reais de ser realizada greve ou não. No entanto, alguns professores são favoráveis a paralisação da UFSM, como por exemplo, a professora Cláudia Moraes, do curso de jornalismo da UFSM-FW. – Não tenho certeza se a categoria vai votar pela greve, mas eu apoio a greve. O ataque que a educação está sofrendo do governo ficou mais forte neste ano, por conta da PEC 241, que vai congelar o investimento nesta área e vai também trazer muita pobreza, falta de assistência social e na saúde. Para nós que trabalhamos na educação será um caos. Como é possível manter a universidade, no ensino, na pesquisa e sem mais investimento? E por 20 anos? – questionou a docente. A indicação do Fórum de Servidores Federais (Fonasefe) é que, já na terça-feira, 25, seja realizada uma paralisação da categoria.
Já a Associação dos Servidores da UFSM (ASSUFSM) irá, no dia 27, definir sobre a possibilidade de greve da categoria. De acordo com a nota divulgada no portal oficial do ASSUFSM o protesto só não foi definido, devido a baixa presença dos filiados no encontro. “Por conta da baixa adesão à Assembleia desta terça, marcada inicialmente para o Hall do RU mas com local alterado em função do mau tempo, a decisão sobre adesão à greve foi adiada para uma nova Assembleia, já agendada para o dia 27 de outubro, às 9h da manhã (primeira chamada), no Auditório da Química, prédio 18”.