Diário da Ocupação: dia 2

(Foto: Ocupa Comunicação UFSM/Divulgação)

Ocupar e resistir. Assim os/as estudantes dos cursos de comunicação continuam com a ocupação nas dependências de comunicação da UFSM FW. As atividades desta quinta-feira, 17, tiveram início às 7 horas, com a alvorada dos/das ocupantes e uma dinâmica em que puderam expor características de sua identidade, e se manifestavam contra a PEC 55. Durante a manhã também houve a assembleia docente, onde foi votada a ratificação do indicativo de greve por tempo determinado entre os dias 25 de novembro e 13 de dezembro. Na ocasião, foram colocadas em votação três propostas: a de transferir a decisão de ratificar o indicativo para uma data posterior (proposta rejeitada pela maioria dos presentes); a de adiantar o início da greve para o dia 21 de novembro; e a terceira, de permanecer com a data divulgada, ou seja, no próximo dia 25, (o qual foi aprovada). Entretanto, a decisão ainda depende da votação da Seção Sindical dos docentes da UFSM em Santa Maria, que foi transferida para sexta-feira, 18. Durante a tarde os/as ocupantes e a comunidade em geral participaram de um espaço em conjunto com alguns professores/as do Departamento de Comunicação e apoiadores/as do movimento, onde foram debatidos os discursos e narrativas da mídia e o posicionamento de jornais e jornalistas sobre o atual contexto do país. Um dos principais pontos abordados, foi o fato de a UFSM de Frederico Westphalen ser o primeiro campus da universidade ocupado fora da sede em Santa Maria. Ainda foi discutido o movimento estudantil da Colômbia, em resistência às reformas para a educação proposta pelo governo em 2010. A noite as/os alunos/as, professores/as e membros da comunidade frederiquense participaram do exibição e debate do filme Domínio Público, que retrata as revoltas populares contra as Unidades de Polícias Pacifícadoras (UPPs) nas favelas, as remoções forçadas e as privatizações de espaços públicos. Após a exibição do filme, foi realizado um debate sobre a relação das lutas apresentadas no filme, com o contexto atual, abordando especialmente a repressão policial.

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