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Fim das ocupações dos alunos da comunicação: saiba o que dizem os demais acadêmicos do campus.

Diante de um período conturbado pelo qual passa a educação em nosso país, acompanhamos desde as últimas semanas ocupações e greves realizadas em algumas universidades, diante disto conversamos com servidores, alunos, e professores dos diversos cursos da UFSM Campus Frederico Westphalen sobre o seu ponto de vista em relação às ocupações que ocorrem no campus, que teve seu fim na quinta, 8/12, e ao fato da greve que foi aprovada por tempo determinado de até dia 13/12, segunda feira.

Para Letícia Stasiak, acadêmica de Jornalismo, a ocupação não é somente um ato para que os estudantes saibam os efeitos que a PEC poderá trazer, mas a intenção é fazê-los compreender através do estudo dessas consequências, de que forma cada um se posicionar em relação à proposta: ”Acredito que é de suma importância a gente estar se posicionando e tendo um senso político crítico para que sentemos e estudemos tudo o que está acontecendo no nosso país, principalmente na educação.”


Ricardo Cesar Silva, funcionário da biblioteca da UFSM/FW, afirma que é a favor da ocupação e a vê uma resistência dos alunos frente ao poder do estado, “esse debate na universidade, se olharmos como em outras épocas, como a queda do Collor e a resistência do período militar, partiu principalmente de alunos e hoje nós vemos que essa questão dos alunos tomarem a frente para decidir e enfrentar o governo está à tona.” Ricardo destaca os cortes orçamentários que já ocorreram, “e agora com a PEC ‘congelando’, toda essa estrutura universitária é atingida. Muitas vezes o ensino é visto como algo que não dá lucro, mas isso dá lucro a longo prazo.”


Foto: Leila Fachinetto

Carlos Linassi Regasson, acadêmico de Agronomia, se mostra a favor da ocupação e comenta que é ciente ao fato de que é preciso estimular principalmente a economia do país devido a situação atual, mas os poderes deveriam buscar outros meios sem atingir a saúde e a educação com a PEC, por exemplo, “os 20 anos fiscais são muito tempo, tudo o que está acontecendo, o que evoluiu em 10 anos e agora em 20 anos sofrer esse corte com a PEC. Sobre a ocupação daqui do campus, acredito que todos têm o direito de ir e vir e o direito de ocupar são um direito pleno dos estudantes, respeitando a opinião de cada um, coletiva e pessoal.


Bianca Johann Nery, acadêmica de Engenharia Ambiental e Sanitária acredita que a ocupação e também a greve de alguns funcionários é de suma importância para alertar a situação que o país está vivendo, de forma a não deixar nada ser ocultado da sociedade, “havendo uma mobilização dos estudantes de modo geral aqui no campus, acredito que iria movimentar bem mais. Se a gente não mostrar nossa indignação, vai ficar tudo como se estivesse normal e nada adianta querer fazer algo quando a PEC já tiver sido aprovada.”


Willian Pertile, acadêmico de Agronomia, relata que é contra a ocupação realizada nos momentos finais do semestre, pois em seu curso muitos trabalhos não podem ser interrompidos agora e retornar depois, o que, caso houvesse uma possível ocupação, poderia sofrer atrasos. Confira mais clicando neste link.


Os coordenadores do departamento de Ciências Agrárias do Campus também se mostraram favoráveis as ocupações que foram realizadas pelos alunos da comunicação, evidenciando o importante papel do estudante enquanto na luta por seus direitos, começando dento da própria universidade. Alguns lamentaram o fato de não terem sido todos os cursos que aderiram tanto a ocupação como a greve, sendo que essa última deve ter grande aprovação por parte dos professores, o que nos demais cursos não obteve sucesso e a maioria dos docentes optou por não interromper o calendário letivo e dar sequência nas atividades já planejadas.


A Coordenadora do curso de Relações Públicas, Patricia Milano Pérsigo, explica o posicionamento do curso perante a situação da universidade atualmente. Confira o vídeo



Fim da ocupação


Por meio de decisão judicial, no último dia 5 o juiz federal substituto da 3ª Vara Federal, Gustavo Chies Cignachi, concedeu, liminar para a ação impetrada pela Advocacia Geral da União (AGU), que representa a UFSM, como Procuradora da instituição, visando à reintegração de posse dos espaços ocupados na instituição.Foram estabelecidos prazos para que os estudantes desocupassem, antes da tomada de outras medidas. No campus de Frederico Westphalen os alunos desocuparam o prédio de TV e retiraram as fitas de isolamento dos laboratórios na manhã de ontem, quinta feira, que seria o prazo final para que se retirassem.





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