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Oportunidade: essa foi a palavra que deu voz ao primeiro dia da terceira edição do Festival da Juven

A terceira edição do Festival da Juventude, promovido pela CUFA de Frederico Westphalen teve início nesta segunda, 20. A cerimônia de abertura ocorreu no Salão de Atos da Escola Cardeal Roncalli, se fizeram presentes autoridades, convidados especiais, parceiros e apoiadores do projeto, bem como o grande público composto pelas escolas públicas da cidade e região. Posteriormente houve palestra com Rafa, do grupo de rap Rafuagi e com o produtor musical, André Di Napoli Pacheco.


Para encerrar as atividades do turno da manhã foi realizada uma coletiva de imprensa com as autoridades presentes no evento, em que foram apresentados novos projetos com as novas parcerias que foram firmadas. Dentre os projetos cita-se a Lei de Incentivo a Cultura, que tem por objetivo o processo de formação artística dos jovens e adultos e a Lei de Incentivo ao Esporte, em que serão realizados 32 eventos esportivos, sendo 16 em Frederico Westphalen e 16 em Alpestre.


Durante todo o dia os participantes puderam participar de palestras e oficinas, sendo a mais esperada do dia a de grafitti, com o grafiteiro Isaac Souza, que dedicou a tarde para mostrar sua arte, e os presentes puderam grafitar o muro do Corpo de Bombeiros da cidade. Rafa bateu um papo com os jovens ali presentes, contando um pouco da sua trajetória no mundo do Hip Hop, “eu construí minha história através do hip hop, assim como a gente pode ver o resultado dos trabalhos da Cufa em toda região.” Ele destacou que na cidade Esteio foi criada a primeira casa de hip hop, que proporcionará para uso dos jovens uma quadra esportiva, horta comunitária, espaço para leitura e tudo o que possa fomentar e aumentar a parceria para as ações que tenham um bom resultado e que melhorem a vida dos jovens. O rapper realizou uma ação ao final de sua palestra em parceria com o produtor musical, André Di Napoli Pacheco, onde os jovens puderam compor o “hino” do Festival da Juventude, que será gravado futuramente.


Rafa do grupo Rafuagi palestrou durante a manhã e acompanhou as atividades durante a tarde / Foto: Andriéli Bertó

O coordenador da Cufa de Frederico Westphalen, Junior Torres, ressalta que “o Festival da Juventude nada mais é do que uma festa, mas também o início de um trabalho que percorre os 12 meses do ano”, a Cufa fechou o mês com a média de dois mil atendimentos semanais, e ainda tem outros projetos para serem implantados, podendo chegar a três mil atendimentos por semana, “provavelmente é a entidade que mais atende jovens no Rio Grande do Sul. Esse é o nosso meio de aproximar a defensoria pública dos locais onde a gente atua, porque são lugares que recebem poucas vezes a presença da justiça ou do poder público”, explicou.


Bruna Zanini representante da Defensoria Pública de Frederico ressaltou a importância de se fazer presente em eventos como o Festival da Juventude, “temos o mesmo público alvo e acredito que essa seja a nossa principal ligação”, o trabalho em conjunto entre Cufa e Defensoria só vem para auxiliar na prevenção dos problemas familiares das comunidades, auxiliando a tirar o jovem do caminho da criminalidade através da música, dança e capoeira, para que esses jovens tenham um futuro promissor pela frente, “é louvável que efetivamente possa ser evitado uma situação trágica no futuro”, destaca. A defensoria pública é autônoma e tem por objetivo que essas pessoas acessem a justiça e que elas tenham os seus direitos garantidos.


Visando criar políticas públicas que mudem a realidade dos jovens das favelas e das comunidades do Brasil, a Secretaria Nacional de Juventude (SNJ) é uma das parceiras da CUFA e do evento. O secretário nacional da juventude, Assis Filho, destaca a satisfação ao participar de uma iniciativa como o Festival da Juventude “nós estamos participando da CUFA e eu fico muito lisonjeado e feliz de participar deste evento. Não há indisposição de viajar até aqui, pelo contrário, há muita disposição em estabelecer esse canal de diálogo com a Cufa, pois buscamos implementar ações diretas pros jovens e uma relação com o próximo”, afirma.


Para Ricardo Bassi, do Departamento de Políticas para Juventude, a temática sobre juventude é recente no país, mas vem se consolidando cada vez mais, um exemplo é a Semana Nacional da Juventude cujo evento já consta no calendário do Estado, e tem a cidade Frederico Westphalen como peça fundamental, fazendo com que cada vez mais as ações aqui realizadas sirvam de exemplo para demais locais.


Luiz Celso Giacomini, Ministro do Esporte também esteve presente no evento e enfatizou o significado das ações da CUFA como perspectiva de esperança para crianças e jovens no país, destacando a importância do esporte na vida das pessoas, principalmente desse público, “nós queremos estar em todos os eventos que envolvam jovens, para levar essa mensagem de que a droga social e a droga no esporte só traz malefícios para a saúde. Projetos como o Fontenele que nós temos aqui no Rio Grande do Sul, jogos escolares, jogos intermunicipais, é sempre importante marcar presença pois são eventos que envolvem a juventude”, destacou.


Junior Torres falou sobre o projeto Jogo Limpo, que esteve visitando e visa conscientizar crianças e jovens através de trabalhos educacionais e de informação, que usar drogas antes de algum evento ou atividade esportiva é algo ilusório. O Jogo Limpo conta com diversos pilares, entre eles uma campanha nacional nas redes sociais e revistas esportivas que conta com embaixadores conhecidos no esporte brasileiro, como Zé Roberto, técnico do voleibol do Brasil, Daniel Dias (Comitê Paralímpico), Rafaela Silva (Judô) e Gabriel Medina do Surf. “Devemos conscientizar e ter certeza de que os jovens de hoje são a esperança pro futuro”, ressaltou o Ministro do Esporte.


Coletiva de imprensa no final da manhã contou com a presença dos novos parceiros da Cufa /Foto: Marina Bonez


Roberto Fantinel, assessor governamental, afirma a importância de oferecer oportunidades para que seja possível aproximar as comunidades e consolidar uma política pública, “conseguir mudar a realidade do pessoal jovem só é possível quando alguém cria oportunidade e vai buscar junto ao governo do estado essa parceria”. Ele também afirmou que é possível transformar a vida dos jovens que vivem nas comunidades, através da colaboração de órgãos públicos que sejam capazes de proporcionar atividades como: futsal, capoeira, teatro, horta comunitária, fotografia, informática, manicure e pedicure. “Nós temos atividades patrocinadas pelo governo do estado junto a Cufa. Além disso, existe a Lei da Solidariedade que proporciona atividades dentro da comunidade. Ambas as parcerias somam quinhentas vagas oferecidas aos jovens incluídos na lei da solidariedade”, concluiu.


Ao final da manhã, Junior encerrou a coletiva enfatizando que a falta de oportunidade é a principal consequência do pouco investimento na criação de novas possibilidades “sem investimento e sem criar oportunidade é impossível modificar ou inserir esse jovem no mercado de trabalho”. As atividades da ONG para esse ano de 2017 viabilizam a entrega de mais de seiscentas cestas básicas para as famílias participantes do projeto que será realizado durante esses doze meses. Os únicos requisitos necessários para que as famílias participem do projeto é a matrícula de todos os filhos, independente da escola. A Cufa também realiza parceria com entidades como o Senac de Frederico Westphalen, que juntos encaminham os jovens para ingressarem no mercado de trabalho, já somando um total de trinta jovens empregados através da união destas duas entidades.


Isaac Souza ministrou a oficina de grafitti durante a tarde / Foto: Bruna Bueno

O evento é uma realização da CUFA/FW que conta com patrocínio de Arbaza Alimentos, parceria institucional do Governo do Rio Grande do Sul, Departamento de Políticas para Juventude - RS, apoio de RBS TV, Rede Atlântida, Senac RS, Instituto Fidedigna, Ministério do Esporte do Brasil, Secretaria Nacional de Juventude - SNJ, Fgtas/Sine Frederico Westphalen e Prefeitura de Frederico Westphalen.





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