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Licenciatura em Computação é o primeiro curso na modalidade EaD da UFSM - Frederico Westphalen

  • Andriéli Bertó e Bruna Bueno
  • 12 de abr. de 2017
  • 4 min de leitura

Recentemente foi inaugurado o primeiro curso EaD da UFSM de Frederico Westphalen. Na modalidade de ensino a distância, o curso de Licenciatura em Computação trás uma oportunidade para estudantes que buscam uma profissionalização nesta área. Pela primeira vez ofertado na região e no Estado, foram escolhidos cinco Polos para auxiliar nas dúvidas com relação ao conteúdo e ministrar as avaliações presencialmente.


O tradicional vestibular foi realizado em Janeiro e as aulas iniciaram em Março, o curso é oferecido através da Universidade Aberta do Brasil (UAB) e oferece um total de 125 vagas, sendo 25 em cada um dos polos, duração de oito semestres e totalmente a distância, utilizando do Ambiente Virtual de Aprendizagem Moodle, videoaulas e livros como base de suas atividades letivas. Para cada uma das disciplinas está sendo elaborado um livro-texto, por uma equipe de professores conteudistas. Além disso, durante o desenvolvimento das disciplinas, os alunos contam com o apoio do professor da disciplina (professor formador), de tutores virtuais (a distância) e de tutores presenciais que atendem nos polos da UAB. Embora o curso seja a distância, obrigatoriamente as avaliações ainda requerem a presença do estudante em sala de aula. Desta forma, os Pólos de Cruz Alta, Palmeira das Missões, Sarandi, Seberi e Três Passos buscam abranger acadêmicos não apenas dessas localidades, mas também de outras regiões


Sidnei Renato Silveira, coordenador do curso de Sistemas de Informação e também coordenador do curso EaD destaca que o projeto iniciou no ano de 2013, “temos o professor aqui do departamento, Fabio Parreira que implementou esse curso na Universidade Federal de Roraima e trouxe a ideia para o colegiado”, deste modo então foi criada uma comissão com quatro professores do Departamento de Tecnologia da Informação: Cristiano Bertolini, Fábio José Parreira, Guilherme Bernardino da Cunha e Sidnei Renato Silveira. ”Começamos em 2013 e realizamos todo o projeto pedagógico e encaminhamos ele para o edital da Capes em 2015, que deu início a dois processos: o processo interno de aprovação, que passa pelo nosso colegiado, conselho do campus e conselho universitário, e o segundo processo que era a verba da Capes para que fosse possível ser ofertada pela Universidade Aberta do Brasil (UAB) ”, afirma o coordenador. Somente em 2014 todo curso foi aprovado internamente, porém ainda não havia o edital da Capes, o primeiro que a universidade concorreu foi em Janeiro de 2015 para ofertar as vagas, “o curso era pra ter começado em 2016, mas os recursos da capes não chegaram a tempo e acabamos começando em 2017”, afirma Sidnei.


O que surpreendeu os responsáveis pelo curso foi o fato de muitos estudantes já estarem indo para a segunda ou terceira graduação, “muitos já tem até pós graduação e agora está fazendo um curso de computação, e pessoas de áreas bem diversas, muitos professores de química, de história, de letras que agora estão tentando investir numa outra área, que seria se formar como professor de computação”, destaca Sidnei. O curso é focado no auto aprendizado, e mistura computação e educação para formar professores de computação, o que faz com que muitas disciplinas também sejam da área de pedagogia, o que é um diferencial, diferente do aluno do curso presencial de Sistemas de Informação que estuda só computação.


Por se tratar de um curso relativamente novo no Estado, a procura de outros Polos é bem grande, polos como da cidade de Quaraí, Sapucaia do Sul e Caxias do Sul já enviaram pedidos oficiais para receber essa graduação, o que só depende agora de um novo edital da Capes ser lançado, sendo que curso só é ofertado uma vez em cada polo, pois a ideia da UAB é justamente essa, poder levar os cursos para outras cidades, levá-los o mais próximo de onde as pessoas estão.


As acadêmicas do primeiro ano de Licenciatura em Computação Ignes Trevisan e Tatiane Ritter, contaram um pouco dos motivos pelos quais resolveram tentar um curso EaD. Mencionaram também suas experiências profissionais e suas expectativas em relação ao curso.


Porque escolheu o Curso Licenciatura em Computação?


Ignes Trevisan: Escolhi o Curso de Licenciatura em Computação pois sou monitora de informática e já trabalhava ministrando cursos, de informática básica, aos alunos de Ensino Fundamental (na forma de projetos e individualmente) e grupos de adultos que buscam aprender novas tecnologias. Também por aliar a computação com a licenciatura, áreas que gosto muito. Vi neste curso a oportunidade para atuar na área da educação e trabalhar com a computação.


Tatiane Ritter: Não tem como negar a importância da tecnologia nos dias atuais por isso o curso de computação se faz tão interessante, e como já atuo como professora há 14 anos, pensei em buscar uma segunda formação, também licenciatura para continuar atuando na área da educação. Então, para mim foi “unir o útil ao agradável”, pois assim tenho a possibilidade de estudar algo completamente novo mas ainda podendo atuar como professora.


Já havia feito algum curso EaD?


Ignes Trevisan: Já participei de cursos de formação e aperfeiçoamento, de curta duração, e extensão na modalidade EaD, mas não havia participado de cursos de graduação.


Tatiane Ritter: Sim, fiz uma pós-graduação semi-presencial, então todas as atividades eram feitas EaD através do ambiente virtual. A diferença é que tínhamos algumas poucas aulas presenciais.


O que espera do curso?


Ignes Trevisan: Espero do Curso de Licenciatura em Computação a formação necessária para ministrar aulas de computação, meu maior interesse, mas também vejo a possibilidade de buscar mercado de trabalho em outras áreas, desenvolvendo, principalmente, softwares educacionais, voltados aos alunos de ensino fundamental e educação infantil.


Tatiane Ritter: Espero, sinceramente, aprender bastante. Minha primeira graduação é em História, então é um universo completamente diferente, e sempre me achei “um tanto quanto atrasada” no que diz respeito a computadores e tecnologias, por isso quis me aventurar em algo que não domino mas acho de extrema importância.


Na sua opinião, um curso a distância é mais difícil que um curso presencial?


Ignes Trevisan: Penso que um curso a distância exige dedicação diferente dos alunos, pois algumas disciplinas são, sim, mais difíceis de serem entendidas sem a explicação presencial do professor. Mas no geral, não acho mais difícil do que um curso presencial.

Pensando neste momento do curso,

não está tão difícil, sei que estou ainda no inicio da graduação e virão disciplinas mais difíceis.


Tatiane Ritter: Acredito que sim, o curso presencial muitas vezes não tem tantas atividades e tão diversificadas como o EaD, nesse sentido os cursos a distância nos “obrigam” a estudar todas semanas para atender as atividades e não somente nas provas, como é de costume nos cursos presenciais. Por isso o volume de coisas a fazer é maior, e aprender de uma forma autônoma demanda muita organização.





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