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Do porongo à erva-mate: o dia do chimarrão


(Foto: Patrick Siede)

Simbolo da hospitalidade e da amizade. É inspiração para o aconchego e traduz um espírito democrático, por passar de mão em mão. A simbologia e o significado são os mais variados, mas a tradição é única. Estamos falando do chimarrão, hábito cultural dos gaúchos que é comemorado no dia 24 de abril.


Porongo, bomba e erva-mate: o chimarrão é o que mantém o legado dos povos indígenas em nosso estado. Conta a lenda que um guerreiro guarani já impossibilitado pela guerra, caça e pesca, vivia triste em sua cabana, onde era cuidado por sua jovem filha. Ao entardecer de um certo dia, receberam a visita de um viajante, que repousou naquela noite na aldeia. Ao amanhecer, antes de partir, o viajante revelou que era enviado de Tupã.


Como forma de retribuir a hospitalidade do velho guarani e de sua filha, ele iria atender a um pedido deles, em nome de Tupã. O velho guerreiro pediu-lhe para que devolvesse as forças. O mensageiro de Tupã entregou ao velho um galho de árvores de Caá (erva-mate) e ensinou a preparar a infusão (o chimarrão) que lhe devolveria as forças e o vigor.


A erva-mate, origem ao chimarrão, além de tradição e cultura é fonte de renda para muitos frederiquenses. Ruviaro e Ariela Barro, gerentes da ervateira Barril, iniciaram em 2012 no ramo da erva-mate. “Na minha família, quando eu era criança, a gente sentava para conversar e sempre acompanhado do chimarrão. Hoje é com a erva-mate que eu sustento minha família”, conta Ruviaro.


No inicio do empreendimento, a venda média anual era de três mil quilos de erva-mate. Quatro anos depois, a venda anual chega a 12 mil quilos. Apesar do aumento do preço da erva-mate nos últimos anos, a perspectiva de venda para este ano é de 16 mil kg, ganhando força durante o inverno.


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