Protesto contra a reforma da Previdência em Frederico Westphalen

(Foto: Ariel Stival)

Nesta Terça-feira, 25, aconteceu no Parque de exposições Monsenhor Vitor Batistela em Frederico Westphalen, um protesto dos trabalhadores rurais contra a Reforma da Previdência proposta pelo governo de Michel Temer. A reforma visa o aumento da idade de aposentadoria, de 60 para 65 anos no caso dos homens, e para as mulheres a idade passa de 55 para 57 anos. No caso dos agricultores, a exigência passaria a ser 15 anos de contribuição à Previdência. Esse é o ponto que levou os 24 municípios que compõe e regional sindical a protestarem. Durante toda essa semana outras cidades do país também vão aderir as paralisações.

Na abertura das atividades o assessor da regional, Amauri Miotto, afirmou que a motivação dos pequenos agricultores é mostrar a sua cara ao governo para que os políticos saibam que eles não vão aceitar essa reforma. “Este é um povo que começa a trabalhar muito cedo independente da chuva ou do frio, eles trabalham durante toda a sua vida, por isso é esse povo que nós, sindicalistas, queremos representar, e hoje estão aqui sem ligar com as intempéries, pois querem lutar pelos seus direitos, querem ter voz” declarou Miotto.

Em torno de 4 mil pessoas estiveram presentes na mobilização de acordo com a organização, que contou com o apoio de lideranças da região, assim como falou Joel da Silva, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (FETAG/RS). Dez prefeitos da região aderiram a paralisação com ponto facultativo em suas prefeitura. Além dos prefeitos, sindicalistas estão lutando para representar a classe “Eu estou aqui para defender os nossos agricultores, não para defender partidos políticos” afirmou Joel.

O deputado estadual Elton Weber que estava presente no evento afirma “temos que trabalhar juntos, pois sozinhos não vamos conseguir nada, já que a política trabalha sob pressão”. Ainda no pavilhão do parque de exposições os manifestantes realizaram uma dinâmica onde personagens representaram deputados enterrando dois bonecos de agricultores, simbolizando que com essa reforma os trabalhadores vão morrer e não vão ter o direito de se aposentar. Para encerrar todos partiram em carreata até a sede do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de Frederico Westphalen onde com ônibus, carros e tratores os manifestantes fecharam as ruas em torno do INSS.