Mães dinâmicas e batalhadoras no tradicionalismo
Na noite de sábado, 13, mais uma vez os tradicionalistas constantinenses puderam contar com o tradicional Jantar das Mães, que ocorre todos os anos nas dependências do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Taquaruçu de Constantina. O evento reúne os departamentos na entidade bem como o público em geral oferecendo apresentações artísticas como danças tradicionalistas, declamação de poesias e delicioso jantar para os presentes.
Integrantes do CTG Taquaruçu encerram as apresentações parabenizando todas as mães presentes no evento. Foto: Marina Bonêz
Cleonice Potrich, patroa da entidade, fala orgulhosamente das participações: “o evento aglomera uma quantidade de dançarinos tradicionalistas que fazem parte dos elencos artísticos Dentinho, Escolinha, Pré-mirim, Mirim e Juvenil, juntamente com o Departamento Cultural da entidade que também abrilhanta nosso CTG”. Além
disso, a patroa destaca orgulhosamente as conquistas desses grupos, conquistas essas que estão trazendo ainda mais visibilidade para o CTG Taquaruçu, participando de concursos e conquistando títulos na região.
A capataz Leila Menegotto relata o desafio de conciliar a rotina de mãe, dona de casa e trabalhadora com a responsabilidade de fazer parte da organização: “fácil não é, porém digo que é preciso ter vontade, pois quando temos vontade de fazer acontecer, a gente consegue conciliar tudo.” Leila ainda destaca que apesar desse e demais desafios, o orgulho de representar bem o tradicionalismo é grande, principalmente por conta do preconceito enfrentado por conta de serem mulheres exercendo papéis que desde os primórdios dessa cultura são masculinos, onde inicialmente foram desacreditadas de suas capacidades: “buscamos representar bem essa entidade, principalmente porque é a primeira vez que mulheres assumem esses cargos e ainda existe um preconceito, mas mostramos que somos capazes sim”, completa.
Não somente nessa entidade como em diversas situações da sociedade em que a mulher sofre preconceito por estar exercendo um cargo considerado “não feminino”, quando empoderadas se sentem capazes e ainda preparadas para incentivar as demais. “Querendo tudo é possível. Acredito que não tem empecilho nenhum, a mulher tem sim que correr atrás do seu objetivo, do seu sonho”, afirma Cleonice. “Nós mulheres e mães realmente alavancamos o trabalho que fizemos e nunca nos queixamos, sequer deixamos de exercer nossas atividades e responsabilidades”, ressalta Leila.
O evento em homenagem às mães emocionou o público presente e proporcionou momentos não somente culturais como de reflexão e gratidão à esses seres tão especiais e únicos que são as mães, cada qual com suas peculiaridades e desafios.