Ticiano Osório palestra sobre grandes reportagens
Na tarde de quarta-feira, 17, ocorreu no auditório do Instituto Federal Farroupilha, campus Frederico Westphalen, a palestra com o editor do caderno de reportagens DOC do jornal Zero Hora, Ticiano Osório. O evento durou pouco mais de 1 hora e reuniu estudantes e professores de Jornalismo e Relações Públicas da Universidade Federal de Santa Maria, campus Frederico Westphalen.
Ticiano, jornalista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, veio pela primeira vez a Frederico Westphalen, participando do #ZHnaFaculdade. O projeto tem com intuito apresentar um pouco da rotina de uma redação de jornal a acadêmicos de cursos de Comunicação e já trouxe outros profissionais à instituição, como Carlos Wagner e Carlos Etchichury. O jornalista contou um pouco sobre o seu trabalho como editor do caderno DOC, apresentando suas reportagens favoritas impressas e em vídeo, e também contou como se deu o processo de cada uma delas e todas as experiências por trás da produção.
Em entrevista para a Agência da Hora, Ticiano contou que passará a supervisionar o DOC, deixando o cargo de editor a Daniel Feix, devido a uma mudança estrutural. De acordo com ele, o caderno não tem uma equipe de reportagem, partindo de uma base de pautas para grandes reportagens que a ZH faz todo final de ano, projetando o que será trabalhado no ano seguinte. Com base nisso, o jornalista relata que é montado uma grade de cada editoria, mesclando as temáticas de cada caderno por conta dos assuntos, para não serem repetitivos e também devido à disponibilidade de repórteres para a produção de grandes reportagens do DOC.
Ele ainda contou que o tempo mínimo de produção das reportagens para o caderno é de duas semanas, podendo se estender por mais tempo, trabalhando sempre dois meses para frente, mesclando leveza com seriedade e profundidade nas produções.
Para Ticiano, a oportunidade proporcionada a ele pelo #ZHnaFaculdade “é muito bacana, por vários motivos. Primeiro, acho que é importante a Zero Hora ter contato com as universidades, ter contato com o interior, a gente precisa olhar com carinho pro interior. Uma das críticas que se faziam antigamente, não só à ZH, mas a qualquer jornal de uma capital, é que só se costuma olhar pro interior quando há uma tragédia, um caso Bernardo, uma caso Kiss, e algo que a gente foi mudando no DOC foi esse olhar, olhar que tem coisas legais que são feitas no interior, tem histórias diferentes a serem contadas, e esse contato com as universidades também nos ajudam a estabelecer vínculos, também é legal pra gente que é velho, que já está formado faz tempo, pois a gente se rejuvenesce. E do ponto de vista particular, pelo menos pra mim também é bacana. Como eu estava dizendo no início da palestra, eu até sei estabelecer um Power Point com dicas e tudo mais, sobre o que uma matéria tem que ter, mas eu já notei que eu perco demais quando faço isso, eu fico travado, e aí é bom pra mim ter que enfrentar uma multidão, porque eu sou bastante tímido para falar com muita gente ao mesmo tempo”.
Acadêmico do primeiro semestre de Jornalismo, Victor da Matta considera que uma palestra como essa é “muito interessante, porque é uma área com que eu me familiarizo, de que eu gosto muito e, como eu sou de São Paulo, tenho objetivo de conhecer um pouco da Zero Hora, de como é uma redação, de como são feitas as pesquisas, os enquadramentos e as entrevistas dentro de reportagem em vídeo. Acredito que essas palestras com profissionais da área viabilizam para nós, alunos, conhecer um pouco da nossa área, dentro do mercado de trabalho, e também ajudar a escolher qual caminho que a gente quer seguir”.
Texto: Gabriel Masarro de Araujo.
Fotos: Leila Fachinetto.
Entrevista com Ticiano Osório: Cíntia Henker.