Palestras da SEAGRO abordam temas e questões em destaque na agronomia
- Adriana Maciak
- 14 de abr. de 2018
- 3 min de leitura
Aconteceram, na manhã de quinta-feira (12/04), duas palestras da Semana Acadêmica de Agronomia, no auditório do Instituto Federal Farroupilha. A primeira teve como tema Manejo e Fertilidade do Solo para Altas Produtividades, com o professor Fábio Mallmann, graduado pela UFSM e com doutorado pela University of California Riverside (UCR). Já a segunda palestra trouxe a temática Desafios no Manejo de Insetos na Soja, com o professor Juliano Farias, também com graduação pela UFSM, e tendo feito o doutorado pela USP, em que teve também uma bolsa-sanduíche na University of Minnesota (EUA).
A palestra sobre o manejo e fertilidade do solo contemplou a adubação para altas produtividades, de se fazer o processo corretamente, no momento certo e fracionar a adubação, para assim conseguir aumentar a produtividade. Foram abordadas técnicas visando à análise de fertilidade e recomendações para a correção da acidez, melhorando o ambiente radicular das camadas subsuperficiais do solo. E destacando também que, para a correção da fertilidade do solo, as recomendações devem ser muito bem estudadas, respeitando as condições locais.
Já na segunda palestra, sobre os desafios no manejo de insetos na soja, foram abordadas as pragas que mais se encontram na soja, quais os inseticidas se deve utilizar, qual a dosagem recomendada e como aplicá-la considerando as condições do ambiente, os níveis de controle, e também a importância do monitoramento. Entre as maiores pragas encontradas na soja, foram citadas as lagartas, os percevejos e as moscas brancas, entre outras.
O palestrante enaltece a técnica do manejo integrado de pragas (MIP) e sua eficácia. “Inclusive já fiz trabalhos de programa de MIP com uma aplicação só, em função do monitoramento. Mas hoje na prática não é utilizada em função do produtor ter limitação de máquinas e de pessoas”.
Juliano Farias comentou também sobre o uso de agroquímicos e produtos biológicos, realçando as diferenças entre ambos. “Nos últimos anos nós crescemos muito em termos de biológicos. Esses tem eficácia boa, mas eles são extremamente técnicos de se manejar. O produto químico é muito mais fácil, se joga no tanque, e ele aplica, ou seja, ele é mais maleável em qualquer condição. Já o biológico não aceita boa parte das misturas do tanque, não aceita horários e, se você usar com parasitoide, se for um parasitoide ovo, você tem que monitorar, e se for outro tem que liberar no momento, pois depois de 2 ou 3 dias talvez não resolva mais, então ele é muito mais técnico, logo tem que ser muito qualificado”.
“O produtor da atualidade não está preparado para o uso do produto biológico, tem que fazer aplicações exclusivas dele com lagartas pequenas, por exemplo, ou, no caso de parasitoide ovos, na presença dos ovos. Portanto, é mais fácil de ele errar. Assim, para ver o avanço do biológico há necessidade de existir um treinamento de técnicos e produtores por conta da necessidade de ser manejado. Então, mesmo que ainda falte treinamento, vê-se que o mercado tem crescido consideravelmente. Hoje, em função da pressão por parte dos biológicos, os químicos evoluíram muito. Boa parte dos químicos que nós temos hoje são produtos extremamente seletivos, de baixa agressividade, que não têm influência nem dentro de alguns insetos. Dois itens que estão crescendo são químicos mais seguros e os biológicos.” Juliano então finaliza frisando a importância de treinamento por parte do produtor, em função dos biológicos serem organismos vivos.



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