top of page

Imersos no mundo da viagem

Quem nunca conheceu alguém que já teve ou tem vontade de juntar uma grana, colocar a mochila nas costas e sair para conhecer diversos lugares do mundo, que atire a primeira pedra. Esse é o caso dos irmãos João Manoel Bilhalba da Silva e Alencar Bilhalba da Silva, de Palmeira das Missões, cidade do interior do Rio Grande do Sul, e que estão vivenciando a experiência de realizar a aventura conhecida pelo nome de mochilão.


Os irmãos se prepararam durante dois anos para está viagem. “A ideia do mochilão sempre surge em alguma viagem, e quando a gente fazia a do Uruguai, em 2016, pensamos em fazer toda a América (Norte, Central e Sul), então resolvemos começar pelo Extremo Sul, indo pelo Sul da Argentina e o Sul do Chile”. Os irmãos estiveram na província de Corrientes, na Argentina, onde foram acolhidos por um grupo de amigas que disponibilizaram a casa para ficarem o tempo que precisassem. Em seguida, partiram para Buenos Aires, onde Francisco hospedou ambos em sua residência, e fez com que a dupla obtivesse experiências que jamais imaginariam ter.


Logo após Buenos Aires, os irmãos foram para Junín de Los Andes, e ficaram na casa de Juan, os quais conheceram na rua, pedindo o wi-fi dele e dicas para acampar. Juan foi uma das pessoas de quem Alencar mais gostou, pela simplicidade. Logo após, estiveram na casa de Hernan, que os acolheu muito bem, disponibilizando o carro, ofertando almoço, janta e diversas dicas que estão seguindo no momento. E, por fim, chegaram ao Chile, na província de Osorno, e ficaram na casa da Denis, que segundo João “é uma mulher muito parceira, nos deu café da manhã, almoço e janta”, e atualmente estão em Puerto Varas, na casa do Leandro, que os acolheu por sorte.


A maioria dos lugares em que eles ficaram foram graças ao aplicativo Couchsurfing, que tem como objetivo fazer o viajante conseguir lugares para se hospedar, ir a eventos, criar novos amigos e ter experiências boas. Entretanto, os irmãos já passaram por alguns maus bocados, como o que aconteceu em San Martin de Los Andes, na Argentina, onde, segundo Alencar, “não tínhamos lugar para ficar e na cidade não podia acampar, fazia um frio de -2ºC, e não havia condições de montar a barraca perto de um rio, pois corríamos o risco de ficarmos congelados, então fomos para um hospital, onde passamos a noite dormindo em um banco”.


Há quem os chamem de loucos e corajosos, pois, por mais que estejam entre irmãos, existe toda a família por trás. O mochilão também serve para as pessoas darem valor para quem está à sua volta, valor à família, aos amigos, e lhes proporciona uma mistura de sentimentos. Segundo João, “no começo, e cada vez mais, tu vai dando mais valor para as pessoas, tu vai dando mais valor para as coisas q tu tinha em casa, coisas que teus pais faziam por ti, tu vê que, no mundo aqui fora, não tem outras pessoas para fazer isso por ti, é cada um por si”.


Destino Final:


Os irmãos ainda não têm uma previsão para voltar ao Brasil, e a pior parte ainda está por vir, visto que para onde vão não há transito, por se tratar de um deserto, e acreditam que no meio do caminho, por ficarem muito tempo na estrada, irão passar fome. Mas, para eles, tudo isso valerá a pena, em razão de que os irmãos vão realizar o sonho de conhecer o Ushuai, a terra do fogo, mais conhecido como O Fim do Mundo, por ser a cidade mais ao sul do mundo.


Eles, que estão fazendo vários amigos durante essa jornada, estão recebendo mensagens de muitas pessoas na conta do Instagram @mochilandooficial, em que são postados fotos e vídeos dos lugares por onde passam e de pessoas com quem tomam contato.


bottom of page