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1ª JED: (In)visibilidade e memória como temática principal

Evento ocorreu nos dias 7 e 8 deste mês.



A primeira Jornada de Estudos do Discurso (JED), com o tema “De 1968 a 2018, (In)visibilidade e memória", iniciou na última segunda-feira, 07, e teve seu fim na terça-feira, 08. O evento foi organizado pelo grupo de pesquisa Discurso, Poder e Políticas da (in)visibilidade, vinculado ao Departamento de Comunicação da Universidade Federal de Santa Maria – Campus Frederico Westphalen (UFSM-FW), e coordenado pela professora Marluza da Rosa.


A abertura do evento, foi marcada pela fala do Vice-Diretor do campus da UFSM-FW, o professor Igor Senger. Ele ressaltou a importância da produção de conhecimento através de eventos como a JED, em que os estudantes têm a oportunidade de compartilhar ideias e estudos em um ambiente fora da universidade. “Os profissionais da área da comunicação estão diretamente inseridos na atividade de gerar informação, gerar debates, sobre diversos temas, por isso é muito importante refletir sobre aquilo que estamos produzindo”, afirma o vice-diretor.


Após, a professora Marluza destacou a importância de participar e, sobretudo, organizar eventos como esse. Além disso, afirmou que a JED é um local de troca de conhecimento, um espaço para conhecer novas pessoas e compartilhar experiências.

A primeira palestrante do evento, a professora Amanda Scherer, da UFSM – campus-sede, ao fazer sua explanação, levantou questões sobre: o que faz sentido sobre maio de 1968, o que é revolucionário para aquela época e para nós hoje, e qual é o papel da mídia nessas revoluções? “Resistir é uma força suprema da modernidade, mas devemos nos questionar sobre o que é resistir no contemporâneo. E isso é muito importante, quando pensamos em maio de 1968, pensar na resistência e não pensar na revolta, porque a revolta paralisa e a resistência, não”.


Ainda na parte da manhã, houve uma troca na programação, e a palestra “O Papel da imagem: Arte da política ou jogo da memória”, ministrada pelo professor Jocenilson Ribeiro, da UNILA, foi adiantada. O professor discorreu sobre como as imagens divulgadas ou não pela mídia constroem um imaginário coletivo e uma memória. Na parte da tarde, ocorreram as Sessões de Comunicação, com 24 apresentações de estudantes de Graduação e Pós-Graduação.


No segundo dia da Jornada, Mídia, "Discurso e (In) Visibilidade: os efeitos da sensação" foi tema da palestra ministrada pela professora Caciane de Medeiros, também da UFSM - campus-sede. Segundo suas correntes teóricas, para a palestrante “os acontecimentos de maio de 1968, devem ser compreendidos como uma revolução discursiva, como uma exasperação da produção de discursos e uma multiplicação de sua circulação, bem como um processo de modernização das estruturas e das mentalidades”.


Além disso, foi promovido outro espaço de apresentação de trabalhos na Sessão de Comunicações, contando com a participação de alunos de Graduação e Pós-Graduação. Para o acadêmico do 5º semestre do curso de Jornalismo da UFSM-FW, Mathias Lengert, “participar da JED, foi uma oportunidade muito gratificante, pois eu sempre quis aprofundar a Análise do Discurso na produção de meus trabalhos de iniciação científica. E promover esse tipo de evento aqui, na nossa cidade, é muito importante para que a gente possa continuar melhorando as nossas pesquisas”. O trabalho apresentado pelo acadêmico intitula-se “O Silêncio no Discurso Jornalístico: a construção dos sentidos no enquadramento de reportagens de obras com impactos socioambientais”.


Dezenas de pessoas prestigiaram o evento, que ocorreu no salão nobre da ACI-FW. Para a chefe do Departamento de Ciências da Comunicação, Cláudia Moraes, “os estudos de Análise do Discurso como um todo são fundamentais para compreendermos toda a nossa construção histórica, por isso o evento veio em uma boa hora, para que, através dessa proposta, a gente consiga, a partir da reflexão teórica, compreender mais sobre o que estamos passando, e intervir na sociedade”.


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